Bento XVI chamou cardeal brasileiro de 'intrépido pastor'.
Dom Eugenio Sales foi por 30 anos arcebispo do Rio de Janeiro.
"Quero manifestar meus pêsames aos bispos, seus auxiliares, ao clero, às comunidades religiosas e aos fiéis da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, que tiveram por três décadas um intrépido pastor", escreveu o Papa em um telegrama enviado ao arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta.
"Foi um autêntico testemunho do Evangelho em meio a seu povo. Dou graças ao Senhor por ter dado à Igreja pastor tão generoso", completa a nota do Sumo Pontífice.
"Em 70 anos de sacerdócio e 58 de no episcopado, sempre quis indicar o caminho da verdade, na caridade e servir à comunidade, prestando particular atenção aos mais desfavorecidos, fiel a seu lema episcopal 'impendam et superimpendar'", recorda a nota, em uma referência à Carta de São Paulo aos Coríntios: "De muita boa vontade darei o que é meu, e me darei a mim mesmo pelas vossas almas, ainda que, amando-vos mais, seja menos amado por vós".
Designado cardeal por Paulo VI em 1969, dom Eugenio Sales foi por 30 anos arcebispo do Rio de Janeiro e era o cardeal mais idoso da Igreja.
Nascido em Acari (RN), em 11 de novembro de 1920, dom Eugenio Sales foi ordenado bispo aos 33 anos, em Natal (RN), com apenas 11 de sacerdócio. Em 1968, tornou-se arcebispo de Salvador e, em 1971, arcebispo do Rio.
Ficou à frente da arquidiocese carioca até 2001, onde se tornou referência na defesa de perseguidos políticos. Em 2008, soube-se que ele abrigou mais de 4.000 pessoas perseguidas pelos regimes militares do Cone Sul entre 1976 e 1982.
Ele foi um dos prelados brasileiros que mais cargos ocuparam no Vaticano
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